Falam sobre a possível camisa vermelha da seleção, da chegada de Ancelloti, mas esquecem que o time está jogando um futebol medíocre.
Dois assuntos dominaram as manchetes esportivas nos últimos dias, a provável chegada do técnico Ancelloti e a segunda camisa da seleção que pode ser vermelha, com detalhes pretos. É claro que ninguém sabe ainda qual é a ideia da Nike e tudo não passa de pura especulação. Eu entendi que a tal camisa vai ser meio rubro-negra, mas já vi vários jornalistas discutindo sobre isso, mesmo sem ter essas informações.
É importante dizer que o Brasil já jogou com uma camisa totalmente vermelha, em plena revolução russa, durante o campeonato Sul-Americano de 1917 e também em 1936. Essa camisa está guardada em algum museu e você pode ver essa imagem abaixo. A seleção teve que jogar de vermelho porque nessa época seu uniforme era branco e as outras seleções também tinham camisa dessa cor. Além disso, os goleiros da seleção já jogaram de camisa vermelha, em 2014, uma época em que o foco era apenas o futebol.
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A Camisa Vermelha da Seleção de 1917
Muito papo e pouco futebol
O futebol atual da seleção é medíocre e só perde para a mediocridade dos debates nas redes sociais e a opinião de alguns políticos e jornalistas, que é bem limitada. Todos eles parecem desconhecer que essa nova camisa é uma ação de marketing da Nike, que pela primeira vez vai utilizar a marca Jordan em uma seleção de futebol.
É verdade que a camisa amarela foi sequestrada pelo fascismo e até já lançaram uma camisa preta, que é muito bonita, contra o racismo. Estou mais preocupado se o novo técnico vai conseguir resgatar o futebol da seleção e se o Ancelloti, realmente, é o nome ideal para isso. Afinal, existem várias perguntas:
“Ancelloti vai ser um técnico home office, ou vai morar no Brasil?; Ancelloti vai inibir o futebol arte do Brasil, como fez com o jogador Endrick?”
Perguntas que ninguém sabe responder e que são bem mais importantes do que a cor da camisa da seleção, isso no âmbito do futebol, pois o mundo tem outros problemas. Só uma coisa é certa! Não importa qual é a cor da camisa, a seleção é do povo mas essas pessoas estão cada vez mais distantes dos estádios. Um problema que não tem debate e muito menos uma solução.