O futebol sempre teve expulsões injustas e inusitadas, mas nunca tinha visto um jogador ser expulso por um simples peteleco na orelha do seu adversário.
Tenho quase certeza de que os profissionais que comandam o VAR do futebol brasileiro não entendem a regra desse esporte. Toda rodada vemos erros lamentáveis e que prejudicam vários times, mas nenhum foi tão grotesco como a expulsão por causa de um peteleco na orelha. O lance aconteceu na partida entre Bahia e Jacuipense, pela semifinal do Campeonato Baiano.
Antes do intervalo o jogador Matheus Firmino foi expulso após dar um peteleco na orelha de Rodrigo Nestor, volante do Bahia. A partida acontecia no estádio Joia da Princesa, em Feira de Santana. Apesar desse lance que mais parece um meme, o jogo terminou em 5 a 0 para a equipe comandada por Rogério Ceni, que disputa a final contra o Vitória.
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A súmula do peteleco
Mais engraçado que o petelequinho na ponta da orelha, é a súmula do juiz Eziquiel Sousa Costa, justificando o lance como conduta violenta do meia da Jacuipense. Além disso, a imagens foram revisadas pelo VAR, antes da decisão ser confirmada em campo, marcando mais uma falha grotesca da arbitragem brasileira. Após várias falhas analisadas pelo VAR, principalmente em jogos do Botafogo, acho que a CBF precisa criar um curso avançado para alguns árbitros do futebol brasileiro. Veja a súmula abaixo.
“Atuar de maneira que mostra desrespeito ao jogo – por conduta violenta. Em um ato hostil, o atleta desferiu um peteleco (ação realizada com os dedos em modo de gatilho), atingindo o rosto do seu adversário fora da disputa de bola. Informo que o atleta expulso, ao sair do campo de jogo, fez gestos com a palma da mão insinuando roubo. O atleta atingido não precisou de atendimento médico”, escreveu o árbitro na súmula.
Só de curiosidade, o dicionário diz que peteleco pode ser um tabefe, ou um jogo que se disputa num tabuleiro pequeno com pregos e uma moeda.