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A força feminina nas Olimpíadas 2024

Em 1900, Paris fez história acolhendo mulheres para competir nos Jogos Olímpicos, pela primeira vez, e as Olimpíadas 2024 finalmente alcança a paridade numérica de gênero.

Em Paris 2024 torcemos muito pela força feminina, pois nessa edição a delegação brasileira era composta por 50% mulheres e 50% homens, algo inédito para o Brasil. Além disso, só as mulheres conquistaram medalhas de ouro para o Brasil, com Duda e Ana Patrícia no Vôlei de Praia; Beatriz Souza, no Judô e Rebeca Andrade, na Ginástica Olímpica. Essa conquista monumental simboliza o progresso, a igualdade e um compromisso constante com a inclusão, nesse que é o maior evento esportivo do mundo.

Ampliar a participação das mulheres nas Olimpíadas é uma jornada que se estende ao longo de um século, com os números subindo constantemente em cada jogo desde Berlim, em 1936. Pois antes disso as mulheres representavam apenas 8,4% das delegações esportivas e só em Tokyo a participação feminina chegou a 47,8%. Tóquio também criou uma mudança de regra, permitindo que um homem e uma mulher carregassem em conjunto sua bandeira, durante a cerimônia de abertura das Olimpíadas. Algo inédito nos Jogos Olímpicos e que abriu o caminho para Paris 2024 alcançar uma marco histórico, com paridade total de gênero.

No total de medalhas o Brasil conquistou 20, ficando atrás apenas das Olimpíadas de Tóquio, quando conseguimos subir 21 vezes ao pódio. Porém, conquistamos apenas 3 medalhas de ouro nas Olimpíadas de Paris, 4 a menos do que ganhamos em Tóquio.

As Olimpíadas da França chega ao fim, com um Sena duvidoso e uma abertura histórica que apresentava as delegações desfilando em barcos e uma festa pelas ruas de Paris. Lógico que ouvi um monte de besteiras e preconceitos, como as críticas sobre as drag queens e pessoas LGBTQIA+ representando a última ceia. No entanto, esses pobres mortais não sabiam que o diretor criativo, Thomas Jolly, só queria representar uma grande festa pagã ligada aos deuses do Olimpo. E mesmo que representasse a última ceia, essas pessoas esquecem que toda religião pode caminhar em harmonia com a diversidade.

Também tive que escutar críticas sobre a abertura das Olimpíadas acontecer nas ruas de Paris, pois algumas pessoas não entenderam que percorrer esses espaços ao ar livre, teatros históricos e locais não convencionais, como jardins e praças, refletia a unidade entre diversas culturas. Além disso, quem tem uma Torre Eiffel, um Louvre e um Arco do Triunfo, certamente vai querer exibir tudo isso para o mundo.

Sempre gostei de Olimpíadas e já deu para perceber que Los Angeles 2028 será hollywoodiana como Tom Cruise, que fez rapel e convidou o mundo para os Próximos Jogos Olímpicos. Tivemos também a banda californiana Red Hot Chili Peppers, Billie Eilish e Snoop Dogg, mostrando que as Olimpíadas chegaram à terra do marketing e do show business. Portanto, “And if you want these kind of dreams
It’s Californication.”

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Hugo Machado

CEO da Host Marketing Digital, Publicitário, Escritor, Botafoguense e praticante de vários esportes.

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